Michelle Brandão entrevistada para o site da FPB a propósito da sua estreia em jogos oficiais da selecção nacional feminina

Jovens promessas
Três jovens fazem estreia oficial na Seleção

Maria João Correia, do CAB Madeira, Luiana Livulo, do GDESSA, e Michelle Brandão, do Olivais de Coimbra, fazem a sua estreia oficial na Selecção principal feminina este domingo, na Noruega. Nesta entrevista as jovens jogadoras contam como é estar na equipa das quinas, bem como todas as expectativas que têm para este encontro.


Chegar à Selecção Sénior era um sonho que ambicionavam quando começaram a fazer parte das selecções mais jovens?

Michelle Brandão Sim. Acho que esse é um objectivo de qualquer jogador, ainda mais quando se faz parte das selecções jovens. Se me perguntasse, quando era mais nova, se aos 20 anos achava que ia estar na selecção a minha resposta certamente seria não. Por isso, esta chamada ainda deixa-me mais contente e mostra que com muito trabalho poderemos atingir os nossos objectivos.

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Sentem-se privilegiadas, relativamente ao masculino, pelo facto de com a vossa idade serem já titulares indiscutíveis dos vossos clubes?

Michelle Brandão Não acho que seja uma questão de privilégio, mas acho que isso acontece muito fruto do nosso trabalho e dos nossos treinadores. Eu, como todos os jogadores jovens, precisei de jogar, precisei de errar para melhorar e nem todos os treinadores estão dispostos a fazer isso. Felizmente tenho um treinador que aposta em mim e que me deu todas as condições para crescer. Nestes últimos anos existem vários casos semelhantes ao meu, o que a curto-prazo é uma mais-valia para as selecções jovens, e certamente a longo prazo será para a selecção sénior e mesmo para a Liga. Penso, por isso, que esse será o caminho para o futuro do basquetebol português quer no feminino, quer no masculino.

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O facto de conhecerem os treinadores das selecções mais jovens torna agora mais fácil a vossa integração?

Michelle Brandão Sim, acaba por não ser tudo novo, uma vez que já trabalhámos com eles. Depois nas sub-20 a filosofia de jogo é a mesma, o que ajuda ainda mais.


Quais as principais diferenças, se é que existem, nos trabalhos da selecção sénior?

Michelle Brandão Primeiro as jogadoras são mais experientes, naturalmente aumenta a qualidade de treino. Com a qualidade de treino elevada, as exigências são maiores, logo não podemos errar tanto. Depois o nosso estilo de jogo obriga-nos a tomar decisões num curto período de tempo, pois temos muitas opções em cada movimento, o que nos obriga a estar muito concentradas.



A poucos dias do primeiro jogo desta segunda volta, como seria para cada uma, o jogo ideal?

Michelle Brandão Primeiro, ganhar! Depois conseguir ajudar a equipa da melhor maneira possível O mais importante é a vitória e o sentimento dever cumprido.


Acham que são as primeiras de um conjunto de outras jogadoras que estão para chegar à Selecção principal?

Michelle Brandão Sim, como já referi anteriormente, há cada vez mais jogadoras jovens a jogar na Liga com minutos importantes, por isso acredito que num futuro próximo haverá mais jogadoras jovens a serem chamadas. Temos o exemplo da Joana Jesus, Daniela Domingues, Inês João Faustino, Joana Bernardeco e a Sofia Silva, todas elas jogadoras jovens, que já estiveram presentes nos trabalhos da Selecção Sénior